As Confissões de Alison Arngrim
No dia 17 de junho postei aqui a informação de que Alison Arngrim, intérprete da Nellie Oleson em "Os Pioneiros", lançou sua autobiografia. Na época da postagem, as informações que existiam era apenas aquelas que a própria atriz divulgava em entrevistas para televisão e para os jornais. Mas hoje, uma matéria sobre o livro publicada no jornal Chicago Sun Times me fez correr atrás de maiores informações, pois não acreditei no que lera. Minhas pesquisas me levaram a encontrar trechos do livro disponíveis na Internet e conferir a informação divulgada pelo jornal.
Nas entrevistas em que divulga seu livro "Confessions of a Prairie Bitch: How I Survived Nellie Oleson and Learned to Love Being Hated", Alison revela ter sido vítima de abuso sexual praticado por um membro de sua família. A primeira pessoa em que pensamos é no pai, ou talvez um tio. Mas, em seu livro, Alison revela que o pai, Thor Arngrim, era gay. Casado com Norma McMillan (dubladora de personagens como Gasparzinho e Gumby, nos anos 60), Thor era agente de Liberace, Debbie Reynolds, Susan Anton, Peter Jurasik e Michael Ontkean. O pai de Alison faleceu em 2009 e sua mãe em 2001. O único membro de sua família que sobrou foi o irmão Stefan Arngrim (o Barry de "Terra de Gigantes"), que hoje vive no Canadá.
Alison e o irmão Stefan por volta dos anos 80
No capitulo quatro de seu livro, intitulado "Something's Gotta Give", página 41, a atriz revela que foi molestada por seu irmão, Stefan, que começou a ter relações com Alison quando ela tinha seis anos de idade (na época ele tinha 13 anos). A situação se manteve até a época em que Alison fez 11 anos (e ele 20), período em que ela entrou para o elenco de "Os Pioneiros".
Em seu livro, Alison revela que o abuso infantil até o início dos anos 70 não era considerado crime grave, sendo que a polícia dava pouca atenção para esses casos, especialmente quando praticado entre familiares. Somente em 1974, quando o Congresso Americano aprovou uma lei, Child Abuse Prevention and Treatment Act, é que a situação mudou. Nessa época, Alison já tinha 12 anos, trabalhava na série e fazia terapia. Somente quando fez 20 anos é que a atriz teve coragem de contar a verdade aos pais; agora, com 48 anos, revela sua história ao público.
Comentários
Entre os casos que eu conheco (de pessoas que conheci), teve um que era irmão e irmã, e me foi contada exatamente pela irmã (ja adulta). Foi totalmente consensual. Antes, ela ja havia passado por uma experiencia de um "amigo do pai" (nao sei se ela estava protegendo a identidade de alguem) que dormia na casa dela as vezes e ia "visita-la" em seu quarto durante a noite quando ela era crianca -- e ela nunca ficou traumatizada com isso. Com o irmao entao, era consensual.
Enfim, o que eu quero dizer é que as pessoas CURTEM isso na epoca, nada foi feito com violencia, elas concordaram e gostaram, como uma experiencia para descobrir seu corpo. Em alguns casos, ate mesmo se ofereceram sexualmente.
Aí vem a historia dessa atriz. CINCO ou SEIS anos rolando com o irmao, e so agora ela vem insinuando que foi abusada, que nao gostou tambem? Ahhh, conta outra... Pra mim essa "confissao" é apenas efeito de anos da moral americana sobre a cabeça dela, que condena qualquer forma de sexo fora de um casamento. Aí ela resolveu que era vitima...
Mas eu nao acredito muito nessa historia de vitima, nao... :-)