Larry Gelbart (1928-2009)

Nascido em 25 de fevereiro de 1928, em Chicago, filho de imigrantes europeus de origem judáica, Gelbart só falava Yiddish até os 4 anos de idade. Sonhando em ser músico, estudou clarineta por 10 anos. Em 1942 a família mudou-se para Los Angeles onde seu pai, um barbeiro, conquistou uma clientela composta por atores e agentes. Em 1944, aos 16 anos, ainda como estudante, Gelbart começou a escrever roteiros para o programa de rádio "Maxwell House Coffee Time", apresentado pela comediante Fanny Brice e que tinha no elenco Danny Thomas, um dos clientes de seu pai.
Aos 18 anos foi convocado para o serviço militar. Mas ao invés de servir como soldado, ele foi designado para o Armed Forces Radio Service, onde continuou a escrever roteiros para programas humorísticos com o objetivo de entreter as tropas americanas e aliadas durante a 2ª Guerra Mundial.

Gelbart logo se tornou inestimável para os humoristas da época. Tentando recuperá-lo para seu programa, Bob Hope chegou a contactar Sid Caesar oferecendo-lhe dois barris de petróleo pela devolução de Gelbart. Nesta época, o roteirista foi indicado três vezes ao Emmy. Seu trabalho na TV o estimulou a buscar o teatro. Gelbart foi para a Broadway em 1961 quando escreveu o musical "The Conquering Hero", sem muito sucesso. No ano seguinte conquistou público e crítica ao escrever "A Funny Thing Happened on the Way to the Forum", em parceria com Burt Shevelove, com música de Stephen Sondheim.
Outros musicais e peças se seguiram bem como roteiros para o cinema. Em 1977 foi indicado ao Oscar pelo filme "O God!", estrelado por George Burns e John Denver; e em 1982 foi indicado novamente pelo filme "Tootsie", que ele co-escreveu junto com Murray Schisgal e Don McGuire.

Convidado por Gene Reynolds para escrever o episódio piloto, Gelbart se tornou consultor de roteiros e produtor da série junto com Reynolds. Em entrevistas, Gelbart revelou que o tema musical do filme traduzia o significado da história para ele: "Suicide is Painless", de Johnny Mandel e Mike Altman. Ele desenvolveu a série a partir da música e não do filme.
"M*A*S*H" foi produzida por 11 anos e seu último episódio ainda carrega o recorde da maior audiência da televisão americana com mais de 100 milhões de telespectadores. No entanto, Gelbart deixou a série em 1976, após quatro anos e 97 episódios, acreditando ter dado à produção tudo o que podia.
Casado com a atriz e cantora da Broadway Patricia Marshall, Gelbart teve dois filhos, Adam e Becky.
Em 1998 ele publicou sua autobiografia, "Laughing Matters: On Writing M*A*S*H*, Tootsie, Oh, God! and a Few Other Funny Thins". Em 2008 um site da Internet divulgou a falsa notícia de que o roteirista tinha sofrido um derrame e estava gravemente doente. Mais tarde, ao falar sobre o assunto, Gelbart brincou: "eu estava morto, mas estou bem agora".
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