O Porquê dos Clássicos
Hoje em dia, com o sucesso que as séries atuais estão fazendo, fica difícil imaginar que os clássicos ainda tenham vez na TV, ou mesmo no mercado de DVD. As próprias distribuidoras "não botam fé" no produto, chegando ao ponto de ignorar ou mesmo se negar, a colocar no ar, ou em DVD, antigos sucessos da TV. Isso porque eles acreditam piamente que o produto não irá vender, ou não será visto, já que a tecnologia e a narrativa diferem muito da atual. Assim, eles próprios determinaram que o melhor a fazer é banir os clássicos tanto da TV quando do DVD, com poucos investimentos, nessa área. É comum um executivo torcer o nariz para séries em preto e branco, ou para desenhos animados sem muitos recursos técnicos, movimento dos personagens limitados e traços rústicos.
Com isso, eles ignoram uma faixa de público enorme que não apenas é fiel a esses produtos, como tem interesse em investir seu tempo e dinheiro para revê-los, perdoando, inclusive, a passagem do tempo, que possam, ou não, ter prejudicado a qualidade do produto. Diferentemente do público jovem que está sempre atrás de algo novo, inédito, não tendo muita paciência para rever episódios (a exemplo das reprises das séries agora com a greve dos roteiristas).
Desde os anos 60 quando a programação televisiva passou a ser vendida por minutos e não mais por blocos de intervalos, que os executivos das emissoras americanas investem milhões de dólares para conquistar uma audiência predominantemente jovem. Isto porque foi estabelecido, através de inúmeras pesquisas, que o público infanto/juvenil e jovem é mais suscetível às compras por impulso. Desta forma, as agências de publicidade se empenham regularmente em seduzir esse público na compra dos produtos que representa, com comerciais cada vez mais voltados à linguagem e estilo do público alvo. Mas, para tanto, os programas apresentados também precisam seguir esse mesmo caminho.
O público que interessa às emissoras compreende as faixas etárias entre 4 e 35 anos. Sendo aceitável o público entre 36 e 49 anos. Os canais de televisão não se interessam pelo público com mais de 50 anos. É claro que existem exceções à regra.
No entanto, pesquisas regulares encomendadas por emissoras americanas, provam constantemente que o público que assiste à TV é predominantemente adulto, na faixa dos 35 à 55 anos. O mesmo acontece no Brasil, ao menos na TV a cabo. Em 2007 a Globosat realizou uma pesquisa para descobrir qual era o perfil dos consumidores de seriados de TV, específicamente, divulgada pela Folha de São Paulo. O resultado apontava 64% do público predominantemente adulto, sendo que a faixa etária com mais de 50 anos era de 33%.
Já o público entre 25 a 34 anos, representava um total de 13%. Uma queda em relação ao ano de 2003 que apresentava 17% do total. Outra queda na audiência também foi constatada na faixa etária entre 18 e 24 anos, que representava 17%, sendo que em 2003 representava 18%.
Mesmo com os resultados das pesquisas em mãos, os canais americanos não se conformam e continuam investindo em público jovem, deixando o público adulto com poucas opções em sua programação. Estratégias como a realizada pelo canal AMC (veja matéria aqui) são comuns a emissoras que sonham em elevar rapidamente seu faturamento.
O público adulto não é tão fácil de se conquistar. É mais exigente, pois tem referências que os jovens não têm. É, em boa parte, saudosista, preferindo muitas vezes rever algo de sua infância a ser apresentado a um programa novo. No entanto, ele é fiel e tem dinheiro para gastar, e gasta sem pensar duas vezes, quando o objetivo é resgatar algo de seu passado.
Talvez seja por essa, e é claro, por outras razões também, que nos últimos 10 anos, uma parte da programação americana, como a de séries, está investindo em personagens adultos, mas dentro de uma linguagem que atraia aos jovens. Séries como "Família Soprano", "Sex and the City", "Californication", "Dexter" e outras, cumprem com esse papel.
Abaixo, abertura de algumas séries produzidas nos anos 60, período mais lembrado pelos fãs de séries clássicas no Brasil.
Com isso, eles ignoram uma faixa de público enorme que não apenas é fiel a esses produtos, como tem interesse em investir seu tempo e dinheiro para revê-los, perdoando, inclusive, a passagem do tempo, que possam, ou não, ter prejudicado a qualidade do produto. Diferentemente do público jovem que está sempre atrás de algo novo, inédito, não tendo muita paciência para rever episódios (a exemplo das reprises das séries agora com a greve dos roteiristas).
Desde os anos 60 quando a programação televisiva passou a ser vendida por minutos e não mais por blocos de intervalos, que os executivos das emissoras americanas investem milhões de dólares para conquistar uma audiência predominantemente jovem. Isto porque foi estabelecido, através de inúmeras pesquisas, que o público infanto/juvenil e jovem é mais suscetível às compras por impulso. Desta forma, as agências de publicidade se empenham regularmente em seduzir esse público na compra dos produtos que representa, com comerciais cada vez mais voltados à linguagem e estilo do público alvo. Mas, para tanto, os programas apresentados também precisam seguir esse mesmo caminho.
O público que interessa às emissoras compreende as faixas etárias entre 4 e 35 anos. Sendo aceitável o público entre 36 e 49 anos. Os canais de televisão não se interessam pelo público com mais de 50 anos. É claro que existem exceções à regra.
No entanto, pesquisas regulares encomendadas por emissoras americanas, provam constantemente que o público que assiste à TV é predominantemente adulto, na faixa dos 35 à 55 anos. O mesmo acontece no Brasil, ao menos na TV a cabo. Em 2007 a Globosat realizou uma pesquisa para descobrir qual era o perfil dos consumidores de seriados de TV, específicamente, divulgada pela Folha de São Paulo. O resultado apontava 64% do público predominantemente adulto, sendo que a faixa etária com mais de 50 anos era de 33%.
Já o público entre 25 a 34 anos, representava um total de 13%. Uma queda em relação ao ano de 2003 que apresentava 17% do total. Outra queda na audiência também foi constatada na faixa etária entre 18 e 24 anos, que representava 17%, sendo que em 2003 representava 18%.
Mesmo com os resultados das pesquisas em mãos, os canais americanos não se conformam e continuam investindo em público jovem, deixando o público adulto com poucas opções em sua programação. Estratégias como a realizada pelo canal AMC (veja matéria aqui) são comuns a emissoras que sonham em elevar rapidamente seu faturamento.
O público adulto não é tão fácil de se conquistar. É mais exigente, pois tem referências que os jovens não têm. É, em boa parte, saudosista, preferindo muitas vezes rever algo de sua infância a ser apresentado a um programa novo. No entanto, ele é fiel e tem dinheiro para gastar, e gasta sem pensar duas vezes, quando o objetivo é resgatar algo de seu passado.
Talvez seja por essa, e é claro, por outras razões também, que nos últimos 10 anos, uma parte da programação americana, como a de séries, está investindo em personagens adultos, mas dentro de uma linguagem que atraia aos jovens. Séries como "Família Soprano", "Sex and the City", "Californication", "Dexter" e outras, cumprem com esse papel.
Abaixo, abertura de algumas séries produzidas nos anos 60, período mais lembrado pelos fãs de séries clássicas no Brasil.
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