Stargate Universe dá Continuidade à Franquia
Esta noite o canal SyFy estréia a terceira produção da franquia de "Stargate", iniciada com "Stargate SG-1", que por sua vez teve como base um filme para o cinema. Esta produção conquistou o recorde de ser a série de ficção cinetífica mais longa da TV americana.
Quando estreou em 1997, a série era uma produção de ficção e aventura, com toques de humor garantidos pelo personagem do Coronel Jack O´Neill (Richard Dean Anderson), que conseguiu imprimir na trama sua marca. A primeira mudança no desenvolvimento da série ocorreu no período em que Anderson começou a se afastar como ator (ele também é produtor). Nesta época a série passou a desenvolver um maior número de histórias com arcos contínuos, além de abordar novos temas, mitologias e a inclusão de novos personagens.
Os produtores tentaram várias vezes encerrar a série para produzir um filme, mas o canal continuou renovando a produção até chegar a uma 10ª temporada, quando foi anunciado que seria a última. O motivo foi a queda na audiência, tendo em vista as mudanças no elenco e no desenvolvimento da trama, especialmente a partir da 8ª temporada. Os fãs continuaram explorando o universo com "Stargate: Atlantis", que trouxe uma nova equipe vivendo aventuras espaciais. O público não correspondeu a contento e, interessados em mudar o rumo da narrativa, os produtores decidiram então encerrar esta série e dar início a uma nova produção: "Stargate Universe".
A série "Stargate Universe" estréia esta noite com a responsabilidade de dar continuidade à mitologia dos portais conhecidos como Stargate. A grande diferença que existe entre as duas primeiras produções a esta, é o desenvolvimento narrativo. Buscando captar o sucesso de "Battlestar Galactica", a série apresenta um tom mais dramático, com enfoque no desenvolvimento de personagens. Além disso, tanto a estética quanto a postura dos atores em relação aos personagens e às situações, procuram diferir do tom mais leve perpetuado pelas duas primeiras séries. O motivo da mudança radical é o interesse do canal em atrair uma audiência maior, com um público mais adulto, não apenas os fãs de ficção e aventura, mas também aqueles que não são fanáticos pelo tema.
Muitos fãs já manifestaram via pesquisas na Internet, seu desagrado pela mudança. Alguns críticos apontam que os roteiristas não conseguiram realizar esta transformação com sucesso, ao menos, plenamente, o que teria prejudicado o desenvolvimento dos personagens no episódio piloto, de duas partes. Outros já consideram que a mudança é visível e bem vinda. Uma das grandes diferenças apontada na mudança, além do tom mais dramático, é a questão do "inimigo" a ser combatido. Antes representado por alienígenas que tentam dominar a raça humana, agora, também representado por pessoas que integram o próprio grupo.
Na história, uma base militar em um planeta distante é atacada. Os sobreviventes atravessam o portal e se descobrem presos em uma nave dos anciãos, chamada Destiny, pré-programada para levá-los para bem longe da Terra.
O grupo é formado pelo Dr. Nicholas Rush (Robert Carlyle, da série "Hammish McBeth"), Coronel Everett Young (Justin Louis), Eli Wallace (David Blue), Tenente Matthew Scott (Brian J. Smith), Sargento Ronald Greer (Jamil Walker Smith), Tenente Tamara Johansen (Alaina Huffman), Chloe Armstrong (Elyxe Levesque), Camille Wray (Ming-Na, de "ER" e "The Single Guy") e Coronel Telford (Lou Diamond Phillips, em participação semi-regular).
Para estabelecer um gancho com a série original, os atores Richard Dean Anderson (O´Neill), Amanda Tapping (Carter) e Michael Shanks (Jackson), farão participações em pelo menos um episódio.
A nave Destiny era utilizada pelos Anciãos para explorar o universo semeado por eles com seus portais. Mas ao longo da missão, eles ascenderam e a nave ficou abandonada no espaço, tendo dentro dela um portal. A nave está programada para encontrar outros planetas que tenham um portal e ficar "estacionada" em sua órbita por um breve período de tempo. Nestes momentos, o grupo de sobreviventes podem atravessar o portal e visitar outros planetas.
Em paralelo à série, a produção terá uma websérie que será disponibilizada na Internet de acordo com os episódios exibidos na TV. Mas diferentemente do que ocorreu com "Stargate SG-1" que tinha suas cenas cortadas exibidas em websódios, esta terá uma produção própria.
Dentro da nave existe uma esfera flutuante chamada de Kino, que anda pelos corredores da nave observando e espionando as pessoas. Este dispositivo será utilizado pela tripulação em visitas a planetas, tal qual o M.A.L.P. na série original que atravessava os portais para checar a situação de um planeta. A websérie apresentará as imagens captadas pela Kino dentro da Destiny. A princípio a websérie acompanhará apenas a primeira temporada. Dependendo da receptividade do público, poderá continuar.
Os produtores garantem que não há necessidade de se conhecer as duas séries anteriores ou a mitologia que cerca os portais para entender esta nova produção. De qualquer forma, segue aqui uma explicação sobre os portais:
Conhecidos como Stargates, os portais foram criados por uma raça alienígena conhecida como Anciãos. Durante anos eles distribuíram estes portais em vários planetas da Via Láctea. Atravessando os portais, é possível viajar de um planeta a outro, desde que um código de símbolos seja acionado, tal qual uma ligação telefônica. Ao todo são 39 símbolos, os quais representam constelações. Para se estabelecer uma conexão com outro portal, é necessário, primeiro, conhecer uma combinação de sete símbolos, e, segundo, ter um DHD (um discador) para estabelecer a conexão. Cada combinação equivale a um portal. A combinação de oito símbolos permite chegar a portais de outras Galáxias.
No filme produzido para o cinema, que deu início à trama, um portal é descoberto no Egito, na década de 40. Transportado aos EUA, ele vai parar nas mãos da Força Aérea que estabelece uma base secreta. Após anos tentando descobrir como utilizar o portal, eles conseguem realizar nos anos 90 uma conexão graças à ajuda do arqueólogo e linguista dr. Daniel Jackson (James Spader no filme e Michael Shanks na série). Mais tarde um segundo portal é descoberto na Antártica, mas ao longo da primeira série um deles é destruído, restando apenas um.
Equipes são formadas para explorar outros planetas. Chamadas de SG-1, SG-2 e assim por diante, elas atravessam os portais com o objetivo de coletar informações e artefatos alienígenas que possam ser utilizados para a defesa do planeta Terra em caso de um ataque extra-terrestre. Com a tecnologia adquirida através destas viagens, o governo americano constrói a primeira nave espacial com tecnologia alienígena.
A raça conhecida como Anciãos é formada por humanóides e seria a mais antiga da Galáxia, tendo evoluído espiritual e tecnológicamente muito antes da humanidade evoluir no planeta Terra. Em outras Galáxias eles são chamados por outros nomes, como Ancestors, Alterans ou Lanteans. Ao longo dos anos a raça se dividiu entre dois grupos, os Anciãos e os Oris, sendo que o primeiro seguia a filosofia científica e o segundo a religiosa. A divisão levou a uma tentativa dos Oris destruírem os Anciãos. Estes abandonaram a Galáxia em que viviam para não ter que entrar em guerra. Assim, iniciaram sua jornada pela Via Láctea, onde se estabeleceram, semeando os planetas com os portais, que foram distribuídos pela nave Destiny.
Confira fotos aqui, aqui e aqui.
Os títulos dos episódios da 1ª temporada são:
01. Air: Part 1
02. Air: Part 2
03. Air: Part 3
04. Darkness
05. Light
06. Water
07. Earth
08. Time
09. Life
10. Justice
11. Space
12. Divided
13. Faith
14. Lucid
15. Lost
16. Sabotage
17. Pain
18. Subversion
19. Incursion: Part 1
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