Fox Prepara Remake de Absolutely Fabulous


Em meio a onda de remakes e versões cinematográficas, as produções do passado vêm sendo resgatada a trancos e barrancos. Os remakes para a TV são, na teoria, uma forma de dar uma nova abordagem de roteiros ou apenas de visual técnico para sucessos do passado ou de produções que não fizeram tanto sucesso, mas cuja a idéia vale a pena rever. Com um novo olhar e uma nova abordagem, surgiu "Battlestar Galactica", que sem ficar presa ao original, conseguiu alçar vôo em uma nova direção, conquistando seu próprio espaço. Assim, rapidamente, é o único remake do qual me recordo no momento que podemos afirmar ter sido bem sucedido. Se alguém se lembra de outro, é só me dar um toque!

Este novo olhar é, em geral, para possibilitar que o tempo presente consiga explorar o potencial total de uma série que não teve esta oportunidade no passado. Não é, por exemplo, o caso de "O Prisioneiro", que terá uma minissérie de seis episódios recontando a série inglesa dos anos 60. Esta produção é para dar um olhar americano a uma produção inglesa, com um visual moderno, trazendo o personagem para o tempo presente, explorando os problemas que afligem o ser humano nos dias de hoje. Uma nova leitura de uma proposta que permite diversas leituras.

Agora, "Absolutely Fabulous" entra na lista das produções que ganharão um remake. Refazer um clássico que conseguiu atingir seu objetivo chega a ser sacrilégio. Ainda mais sabendo que será uma versão americana (o que já perde muita coisa da proposta original), e ainda mais para um canal aberto (que ainda impõe censura na abordagem a temas polêmicos).

Produzida entre 1992 e 1995, a série, estrelada por Jennifer Saunders e Joanna Lumley, teve alguns especiais mais tarde, entre 2001 e 2003. Seu sucesso provocou uma primeira tentativa em versá-la para os americanos ainda nos anos 90. A comediante Roseanne Barr, que na época fazia sucesso com sua sitcom "Roseanne", tentou comprar os direitos para uma versão a ser estrelada por Carrie Fisher. Não conseguiu porque Jennifer Saunders, uma das criadoras da sitcom, não aceitou os cortes e as censuras propostas pelos produtores americanos à sua obra. Agora, parece que o problema não existe mais, pois o jornal Variety informou que a série inglesa terá a versão feita para os EUA.

A produção está a cargo de Mitch Hurwitz, Eric e Kim Tannenbaum pela Sony Pictures TV para a Fox, em associação com a BBC Worldwide America. A versão dos roteiros ficará a cargo de Christine Zander, de "Saturday Night Live", que também servirá como produtor executivo ao lado de Ian Moffet, da BBC, e de Jennifer Saunders. Apenas o roteiro do piloto foi encomendado com direito a uma cláusula de penalidade caso não seja produzido.

A série gira em torno de Edina uma mulher que está acima dos 40 anos e do peso ideal, que procura por uma forma de recuperar o tempo que acha ter perdido na juventude. Duas vezes divorciada (um de seus maridos a trocou por outro homem), ela é mãe de um rapaz que saiu de casa e nunca mais voltou (embora ela ainda tenha esperanças de revê-lo) e de uma jovem adolescente, Saffy, que para seu desgosto se comporta como uma freira. Edina tenta a todo custo desvirtuar a filha, mostrar a ela os prazeres de viver loucamente, algo que ela mesma tenta fazer. Para ajudá-la, Edina conta com o apoio da amiga dos tempos do colégio, Patsy, editora de uma revista de moda. Fumante inveterada, viciada em álcool e drogas, neurótica com sua aparência, Patsy faz o que pode para sugar o estilo de vida da amiga rica. Odeia Saffy, a quem ela deseja ter sido abortada, e tem em Edina sua única amiga, embora não admita isso.

A série originou-se de uma quadro cômico do programa humorístico "French and Saunders", produzido entre 1987 e 2005. Esta é a terceira tentativa dos EUA em explorar este cult inglês. Sem contar as negociações para o remake com Roseanne Barr, que não saíram do papel, a TV americana chegou a produzir sitcoms que tentaram explorar a proposta de "AbFab", como a série é chamada pelos fãs. A primeira foi "Cybill", com Cybill Shepherd e Christine Baranski, entre 1995 e 1998; e a segunda foi "High Society", com Jean Smart, de "Samantha Who?" e Mary McDonnell, de "Battlestar Galactica", que teve apenas 13 episódios.

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