Conheça Fringe a Nova Série de J.J. Abrams

O elenco de "Fringe" com J.J. Abrams à frente
Em função de alguns compromissos que tive esta semana, não consegui atualizar o blog com a regularidade diária que faço. Com isso, atrasei a publicação das apresentações das novas séries que estréiam esta temporada nos EUA, bem como algumas estréias no Brasil. Por isso, atualizo agora.

É público e notório que J.J. Abrams é o "homem da vez" nas séries de TV. Com três sucessos como "Felicity", "Alias" e "Lost" em seu currículo, Hollywood tem apostado neste jovem produtor, diretor e roteirista que tem como missão dar um novo rumo à franquia de "Jornada nas Estrelas" no cinema. Apesar de não ter o "toque de midas", como muitos fãs acreditam, Abrams conseguiu apresentar e desenvolver boas idéias ao longo de sua carreira. Não se trata de um inovador, como já li em vários artigos e matérias ao longo dos anos desde que "Lost" estreou. Trata-se de uma pessoa que soube utilizar elementos já explorados anterioremente por outras séries e agregá-los em suas produções. Às vezes dá certo, como foi o caso das séries citadas, outras não.
Em função de ser uma produção que rompeu com a mesmice que estabeleceu-se ao longo dos anos nas séries de TV, que pareciam explorar apenas os mesmos sub-gêneros: detetive, policial, tribunal, hospital etc, "Lost", a mais popular entre todas as produções de Abrams, está sendo considerada por muitos como revolucionária, graças a seus mistérios e narrativas. Mas, para considerá-la dessa forma eu teria que ignorar a história das séries de TV americanas e, como não ignoro, considero a série evolucionária, visto se tratar de uma evolução da verdadeira revolução que foi "Twin Peaks" para o gênero séries de TV.

De qualquer forma, com a fama que está desfrutando neste momento, Abrams torna-se alvo das expectativas e esperanças de muitos fãs e produtores. Espera-se que cada novo projeto seu seja um sucesso tão bom ou melhor que "Lost". Com isso, alguns se desapontam, outros insistem em "dar mais um tempo para ver no que dá". O fato é que, "Fringe" tornou-se a grande esperança da temporada que estreou este mês nos EUA. Após a crise que sofreu com a greve dos roteiristas, poucas são as produções que prometem um bom desempenho nestas estréias e "Fringe" surgiu com a missão de salvar a temporada.

Tendo o episódio piloto vazado na Internet antes de sua estréia, muitos já perceberam que a série não teria o mesmo impacto que "Lost" teve logo no primeiro episódio. Ao ser exibido mais tarde no ComicCon 2008, a série teve uma recepção morna por parte de quem assistiu e publicou alguma crítica a respeito. Na TV, "Fringe" fez sua estréia no dia 9 de setembro, com 9 milhões de telespectadores.
Criada por J.J. Abrams, Alex Kutzman e Roberto Orci, a série não conseguiu provocar boas reações da crítica que a considerou mediana ou apenas uma versão empobrecida de “Arquivo X”, série apontada pelo próprio Abrams como referência à criação de “Fringe” juntamente com “Além da Imaginação/Twilight Zone”. De minha parte, acrescento a série “Sleepwalkers”, produção de 1997 a 1998, que parece ter influenciado a narrativa do laboratório e suas experiências entre as quais, a cena em que Olívia “entra” na mente de seu namorado.
A trama gira em torno da agente do FBI Olívia Dunham (Anna Torv) que investiga o mistério que cerca um vôo em que todos os passageiros e tripulantes chegam mortos ao aeroporto. Ela se une ao cientista Walter Bishop (John Noble), que está internado em um hospício após uma mal sucedida experiência que matou várias pessoas. Bishop é o único que poderá ajudar Olívia, mas nem seu próprio filho, Peter (Joshua Jackson) acredita nisso. As experiências de Bishop estão relacionadas à ciência fringe (daí a origem do título da série), bancada pelo governo nos anos 70, a qual investiga o controle da mente, a telecinese, a projeção astral, a invisibilidade, a mutação genética, etc.

A série começou a tomar forma em janeiro deste ano, quando o elenco foi escalado. O site IMDB chegou a noticiar a contratação de Charlotte Rampling para o elenco, talvez para o personagem de Nina, a mulher que administra uma misteriosa fundação que deverá se desenvolver ao longo da série como uma empresa envolvida em uma teoria da conspiração. A personagem é interpretada por Blair Brown.
Duas semanas antes de sua estréia, a produção lançou uma história em quadrinhos que narra os acontecimentos que precedem a série. Os títulos dos primeiros episódios depois do piloto são: “The Same Old Story”, “The Ghost Network” e “The Arrival”. A série não tem grandes concorrentes, apenas “Dancing With The Stars” poderá representar ameaça já que os demais programas que concorrem com “Fringe” são “Privileged”, “The Mentalist” (que ainda não estreou), “The Real Housewives”, “Greek” e “Eureka”.

“Fringe” ganhou da Fox uma cobertura de marketing que chegou ao exagero: fotos, cartazes (mais de 40), entrevistas e matérias tanto impressas quanto em vídeos e áudios eram disponibilizados regularmente, aumentando com a aproximação da estréia, muito embora nada era dito sobre a produção que já não tivesse sido dito no início. Com isso, a expectativa aumenta e a decepção também. Talvez se não tivessem criado tanta expectativa em torno da série como sendo uma nova obra-prima de Abrams, ela tivesse sido melhor recebida pelo público ou pela crítica.

O fato é que a série terá de usar sua temporada para conseguir se afastar da sombra da fama de Abrams e se desenvolver em seu potencial.

Comentários

David® disse…
Olá Fernanda! Tudo bem?

Assisti FRINGE esse final de semana e achei mediana. Realmente, tem um pouco de Arquivo X mas fica bem aquém.
Entretanto, na minha opinião, fica claro que o JJ tem um talento nato pra descobrir atrizes para liderar seu elenco. Assim como Keri Russel e Jennifer Garner (talvez Evangeline Lily), a Anna Torv chama muito atenção na tela. Por ela, vale a pena insistir um pouco mais na série pra ver o que vai dar.
Boa semana,
Abs
Unknown disse…
Concordo David, Anna Torv foi o diferencial do episódio que realmente, ainda pelo menos, não pegou a mão.

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