Dois Novos Cartazes de 24 Horas que Agora Enfrenta a Audiência

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O filme que precede a sétima temporada de "24 Horas" estreou ontem à noite na TV americana conquistando uma audiência média de 12.6 milhões de telespectadores em sua primeira meia-hora, baixando ao longo da exibição do telefilme. Na segunda meia-hora, "24 Redemption" conquistou 12.1, baixando para 11.7 e chegando a 11.8 milhões de telespectadores na última meia-hora.

"24 Horas" está fora da grade americana e longe dos olhos do público há aproximadamente 1 ano e meio em função da greve dos roteiristas. Neste meio tempo, a audiência média de uma série comum está sendo mantida em torno de 10 milhões de telespectadores, acarretando que uma produção de ação e aventura como "24 Horas" seja obrigada a se manter nesse patamar.

Ao estrear em 2001, a primeira temporada conquistou 8.60 milhões de telespectadores e a crítica, garantindo sua renovação para uma nova temporada. Esta elevou sua audiência para 11.73 milhões de telespectadores, seguindo de uma audiência de 10.30 para a terceira, 11. 90 para a quarta, 13.78 para a quinta e 13 milhões para a sexta temporada.

Levando-se em consideração que apenas o telefilme que antecede a sétima temporada conquistou a média de audiência que a série consegue angariar em uma temporada inteira, pode-se dizer que Jack Bauer voltou com força. Mas os números estão abaixo das expectativas da mídia, que apostava em uma marca acima dos 20 milhões de telespectadores.

Resta saber se Jack conseguirá manter a média de 13 milhões de telespectadores ao longo de sua sétima temporada que estréia no dia 11 de janeiro nos EUA, visto ser esta a marca conquistada em sua última temporada. A produção terá que ficar no mínimo com a média de 10 milhões, ou terá o mesmo destino que "Prison Break", série que surgiu na esteira de "24 Horas", que vem amargando uma média de 5 milhões de telespectadores, tendo estreado em 2005 com 12.1 milhões.

Se Jack fez fama seguindo o padrão pelo qual ficou marcada a administração Bush: tortura e terrorismo, agora ele precisará se adequar rapidamente à mentalidade social que irá surgir com a administração do Democrata Barak Obama que toma posse em janeiro, mês do retorno de Jack à TV em episódios semanais.

No Brasil, a Fox ainda não divulgou a data para exibir o telefilme, mas o DVD chega para locação no dia 7 de janeiro de 2009.

Comentários

Rubens disse…
Como homem, eu particularmente não concordo com esse pensamento feminino que "Jack precisará se adequar à mentalidade social que deverá surgir com a administração de Barak Obama"... Inclusive soa piegas. Essa é uma idéia mais provavel para quem já não gosta do programa.

O fã de 24 Horas não vai mudar só porque mudou o presidente dos EUA, e vai continuar esperando um Jack Bauer atuante e sem frescuras. Não interessa a ninguém ver um personagem como Bauer ajudando criancinhas na Africa. Isso aí pode até ser assunto para outros seriados "sensíveis" e femininos, mas nunca para 24. Se o show resolver seguir para esse lado, o mais provavel é que irá afundar na audiencia. Com ou sem Obama. Tomara que os produtores nao embarquem nessa.
Fernanda Furquim disse…
Para você ver como as aparências enganam Rubens, sou fã da série e apesar de sua opinião e pieguisses à parte, não há como negar que Jack Bauer é fruto de uma mentalidade política que existiu durante o governo Bush, período em que a série (que trabalha questões políticas) vinha sendo produzida até agora.

Mentalidades e comportamentos sociais mudam conforme as décadas passam e conforme muda-se politicamente o governo. Basta ver os tipos de produções que eram feitas no governo Reagan,as que passaram a ser feitas no governo Clinton e depois passaram a ser feitas no governo Bush, você verá as mudanças.

Séries de ação sempre terão espaço na TV (não importa se o público que assiste é mais homem ou mais mulher, um olhar preconceituoso diga-se de passagem).

O filme que precede a sétima temporada, com Jack salvando crianças na África, já reflete uma mudança do próprio personagem e de seu período de produção. Lembrando que Jack já está na ativa há quase uma década e tem garantida a produção da oitava temporada.
Rubens disse…
Vamos ficar de olho então e conferir como será a audiência dos programas. Da parte dos produtores eu até concordo que a mentalidade possa mudar por causa do Obama, mas quero ver é o público mudar.

O problema é que essas "causas sociais" costumam agradar mais a artistas, jornalistas e formadores de opiniao, mas nao agradam necessariamente ao público. Um exemplo: enquanto jornalistas querem bandidos respondendo por seus crimes na Justiça (e aparecem com aquele papo politicamente-correto na linha de "o heroi vai ficar igual ao vilão se matar"), o público quer ver mais é o bandido apanhar e ser fuzilado sem dó nem piedade, sem chances de escapar pelas brechas da justiça. Basta ver que, mesmo com anos de Lulla, o brasileiro adorou ver Tropa de Elite, praticamente o primeiro filme brasileiro onde bandido finalmente não é endeusado hipocritamente como "vítima da sociedade cruel, tadinho dele".

Vamos ver se o publico muda MESMO sua opiniao em entretenimento só por causa da eleição de um novo presidente americano... O Nielsen nao falha. :-)
Fernanda Furquim disse…
Tropa de Elite é um filme brasileiro sobre um aspecto social e cultural nacional. Não dá para comparar a cultura brasileira com a americana em função de questões que precisam ser levadas em consideração que fazem diferença no final. Apesar do brasileiro ser fortemente influenciado pela cultura americana há décadas, existe diferença.

A televisão muda, década a década, é necessário para manter o interesse do público para o veículo. Basta olhar as mudanças que sofreu em relação à aobrdagens desde dos anos 40.

Mesmo as séries que duram anos, ultrapassam décadas, mantendo a mesma estrutura, tem como base fatores internos humanos em relação aos fatores externos sócio-político-cultural.

A TV está passando, neste momento, por uma transformação, seja pelos aspectos políticos (a globalização e a economia), seja por aspectos técnicos, seja por abordagem de roteiros que depende das duas alternativas anteriores e que resume o assunto sobre o que estamos falando.

Se depender da massa, a sociedade não muda, porque a massa é estagnada, se apega ao que conhece; as mudanças de uma cultura dependem de segmentos que fazem o movimento de buscar a diferença do que está sendo feito e, por isso, raramente é bem visto ou aceito quando surge. O que acarreta em uma mudança lenta. Mas ela ocorre.

Acho que 24 Horas ainda tem gás para durar mais algumas temporadas (se eles assim o desejarem), mas terão que se adaptar às questões políticas de seu período de produção, já que a série trata disso, independentemente da abordagem que desejarem dar.

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