Renata Fronzi (1925-2008)


Renata Mirra Ana Maria Fronzi nasceu em Rosário de Santa Fé, Argentina, no dia 1º de agosto de 1925. Seus pais, Cesare e Yolanda Fronzi, eram atores de teatro e estavam no pais para uma excursão com sua peça. A família veio para o Brasil quando Renata tinha apenas um ano de idade. Ela iniciou sua carreira artística estudando Balé no Teatro Municipal de São Paulo, tendo que largar quando seus pais mudaram-se para a cidade de Santos.

Aos 15 anos, entrou para o teatro amador com a Companhia de Operetas, que pertencia a seus pais. O teatro profissional veio quando Renata atuou na peça "Sol de Primavera", com a companhia de Teatro da atriz Eva Todor. Walter Pinto, produtor de teatro de revista, convido u a família Fronzi para fazer parte de sua Companhia de Revista. Assim, mudaram-se para o Rio de Janeiro onde Renata se transformou em uma conhecida vedete do Teatro de Revista, ou Teatro de Rebolado. No cinema, estreou em 1946 com "Fantasma por Acaso", seguido de chanchadas produzidas nos anos de 1950.

Com a morte do pai em 1948, Renata passa a atuar ao lado da mãe, Yolanda Fronzi, que mais tarde casa-se com o produtor Adhemar Gonzaga.

O sucesso de público veio quando Renata integrou o elenco da série "A Família Trapo", da TV Tupi, na qual interpretou Helena Trapo, irmã de Carlos Bronco Dinossauro (Ronald Golias). Com o título inspirado na família Von Trapp, de "A Noviça Rebelde", a série, que inspirou a produção "Sai de Baixo", trazia Golias como Bronco, um desempregado que vivia às custas de seu cunhado, Otello Peppino Trapo (Otello Zeloni). O casal tinha dois filhos, Verinha (Cidinha Campos) e Sócrates (Ricardo Corte Real), um intelectual. Na casa ainda vivia o mordomo Gordon (Jô Soares).

O personagem de Ronald Golias ganhou uma nova produção entre 1987 e 1990, com a série "Bronco", na TV Bandeirantes. A situação permanece a mesma embora o elenco tenha mudado. Agora, Bronco (Golias) é um desempregado folgado que vive às custas das duas irmãs, Helena (Fronzi) e Vesúvia (Nair Bello).

Renata também atuou em programas humorísticos da TV Globo, como "Faça Amor, Não Faça Guerra" e "Chico City". A atriz dividiu-se entre cinema, teatro e TV, com participações em novelas e na minisérie "Memorial de Maria Moura". Na TV Manchete, esteve em "A História de Ana Raio e Zé Trovão", em 1994. Seus últimos trabalhos foram os filmes "Copacabana", de Carla Camuratti, 2001, e "Coisas de Mulher", de 2005.

Nos últimos anos, a atriz vinha sofrendo de complicações relacionadas à diabetes. Sofreu uma cirurgia em ambas as pernas e passou por vários tratamentos. Em 2005, a Editora Imprensa Oficial de São Paulo lançou o livro "Renata Fronzi: Chorar de Rir", de Wilson Assis, que conta sua biografia.

A atriz casou-se com César Ladeira, radialista que batizou Carmem Miranda de "a Pequena Notável", falecido em 1969. O casal teve dois filhos, César Ladeira Filho e Renato Ladeira.

Renata Fronzi faleceu no dia 15 de abril aos 82 anos de idade, vítima de falência múltipla dos órgãos, causada pela diabetes. Desde o dia 10 de março que Renata estava internada no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Municipal Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro.

Abaixo, cenas de "A Família Trapo".

Comentários

Roderick Verden disse…
Não há como esquecer dela na "Família Trapo".

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