Violência e Sexo Demais na TV
Mais uma vez o Parents Television Council, entidade sem fins lucrativos formada por cidadãos americanos que fiscaliza o nível de qualidade dos programas da TV, denuncia o nível de violência, cenas de sexo e palavrões utilizados no horário considerado familiar, das 20h às 21h de segunda à sábado e das 19h às 21h no domingo.
Foram calculadas 2.246 cenas de violência, sexo e palavrões em 180 horas dos programas exibidos pelas emissoras americanas, as quais eram vistas a cada 4.8 minutos. A entidade também denuncia que as emissoras estão utilizando o horário familiar para reprisar programas considerados adultos e exibidos tarde da noite.
O estudo divulgado por eles aponta que apenas 10.6% dos 208 episódios analisados estavam livres de qualquer tipo de violência, linguagem ou cenas de sexo. Entre as emissoras apontadas como a pior e mais ofensiva está a Fox que estaria com 20.78% de cenas inadequadas por hora. Entre as emissoras com um menor número de cenas inadequadas está a CW, com 9,44% de cenas por hora. O estudo também aponta que os únicos programas que não continham cenas inadequadas eram os game shows e os reality shows.
Desde o último estudo realizado em 2001, as emissoras e os anunciantes vinham se esforçando para limpar os horário familiar das cenas consideradas inadequadas para o público mas, segundo a instituição, esse esforço durou pouco.
A televisão tem sido alvo de críticas a respeito de seu conteúdo desde que iniciou sua programação normal em 1945. A crítica à violência acompanha a programação televisiva americana desde os anos 50 quando as séries de faroeste eram campeãs em tiroteios e brigas de bar. A estréia de "Os Intocáveis" em 1959 foi a "gota d´água" para Newton Minow, eleito presidente da FCC em 1960, órgão que dita as regras do veículo. Ele vinha há anos criticando a violência na TV e em função disso, determinou que a violência na TV deveria diminuir por isso, os faroestes foram transformados em séries família (Bonanza, Chaparral, Big Valley, Lancer) ou cômicos (Laredo, F Troop) ou restritos a breves brigas de bar e menos cenas de tiroteio. O mesmo valia para as séries policiais. No entanto, com o fim do código Hayes em 1967 e com a crise econômica dos anos 70, aliadas aos distúrbios sociais que vinha ocorrendo durante toda a década de 60, a violência retornou nos anos 70 culminando nas séries de pura perseguição, explosões e tiroteios dos anos 80.
Com a chegada do sexo à TV nos anos 80 e a evolução da TV a cabo, as emissoras abertas não viram outra alternativa senão acompanhar o sinal dos tempos, resultando no que vemos hoje na TV. O problema com essa questão da violência e as cenas de sexo quase que explícitos, é o fato do público considerar normal e até necessário para que uma história possa ser contada. Como resultado ele já não se perturba mais, provocando uma necessidade futura em aumentar o nível para conseguir chocar ou prender a atenção do telespectador já acostumado com cenas de violência ou sexo.
Foram calculadas 2.246 cenas de violência, sexo e palavrões em 180 horas dos programas exibidos pelas emissoras americanas, as quais eram vistas a cada 4.8 minutos. A entidade também denuncia que as emissoras estão utilizando o horário familiar para reprisar programas considerados adultos e exibidos tarde da noite.
O estudo divulgado por eles aponta que apenas 10.6% dos 208 episódios analisados estavam livres de qualquer tipo de violência, linguagem ou cenas de sexo. Entre as emissoras apontadas como a pior e mais ofensiva está a Fox que estaria com 20.78% de cenas inadequadas por hora. Entre as emissoras com um menor número de cenas inadequadas está a CW, com 9,44% de cenas por hora. O estudo também aponta que os únicos programas que não continham cenas inadequadas eram os game shows e os reality shows.
Desde o último estudo realizado em 2001, as emissoras e os anunciantes vinham se esforçando para limpar os horário familiar das cenas consideradas inadequadas para o público mas, segundo a instituição, esse esforço durou pouco.
A televisão tem sido alvo de críticas a respeito de seu conteúdo desde que iniciou sua programação normal em 1945. A crítica à violência acompanha a programação televisiva americana desde os anos 50 quando as séries de faroeste eram campeãs em tiroteios e brigas de bar. A estréia de "Os Intocáveis" em 1959 foi a "gota d´água" para Newton Minow, eleito presidente da FCC em 1960, órgão que dita as regras do veículo. Ele vinha há anos criticando a violência na TV e em função disso, determinou que a violência na TV deveria diminuir por isso, os faroestes foram transformados em séries família (Bonanza, Chaparral, Big Valley, Lancer) ou cômicos (Laredo, F Troop) ou restritos a breves brigas de bar e menos cenas de tiroteio. O mesmo valia para as séries policiais. No entanto, com o fim do código Hayes em 1967 e com a crise econômica dos anos 70, aliadas aos distúrbios sociais que vinha ocorrendo durante toda a década de 60, a violência retornou nos anos 70 culminando nas séries de pura perseguição, explosões e tiroteios dos anos 80.
Com a chegada do sexo à TV nos anos 80 e a evolução da TV a cabo, as emissoras abertas não viram outra alternativa senão acompanhar o sinal dos tempos, resultando no que vemos hoje na TV. O problema com essa questão da violência e as cenas de sexo quase que explícitos, é o fato do público considerar normal e até necessário para que uma história possa ser contada. Como resultado ele já não se perturba mais, provocando uma necessidade futura em aumentar o nível para conseguir chocar ou prender a atenção do telespectador já acostumado com cenas de violência ou sexo.
Comentários
Mas, não foi justo por esse motivo que aconteceu o primeiro beijo na tela ou o primeiro soco?
O ser humano sempre vai estar em algum nível em que queira mais. O que nisso tudo faz parte da sua natureza e o que é socialmente aprendido só o tempo vai dizer.
Se os homens são agressivos e "sexomaníacos" no "mundo real" e os obrigarem a assistir somente reprises do Muppet Show, será que eles se tornarão mansos como cordeiros?
Duvido muito.